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Arrecadação federal bate recorde, mas ritmo de crescimento desacelera

  • Postada em : 25/11/2025


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A arrecadação de tributos federais atingiu um novo recorde para o mês de outubro, somando R$ 261,9 milhões. O valor representa a maior cifra já registrada para o período, com uma expansão real de 0,92% (acima da inflação) em comparação com o mesmo mês do ano passado.

No acumulado dos dez primeiros meses de 2025, as receitas federais também alcançaram um patamar inédito de R$ 2,4 trilhões. Com acréscimo real de 3,2% em relação a 2024.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (24) pela Receita Federal, em Brasília, que frisou: “É o melhor desempenho arrecadatório, tanto para outubro quanto para o período acumulado.”

Desempenho e desaceleração
Apesar dos números recordes, o desempenho dos dez meses mostra uma desaceleração no ritmo de crescimento. A evolução real, que chegou a 4,41% em julho, foi gradualmente perdendo força, refletindo o cenário econômico.

O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, reconheceu que o comportamento da arrecadação é um reflexo direto da desaceleração econômica no país. “A gente continua crescendo, porém a taxas decrescentes, a taxas menores”, afirmou.

Segundo ele, a perda de fôlego já estava nas previsões e acompanha as projeções do Ministério da Fazenda e do mercado financeiro.

Impacto do juro alto
A política monetária do Banco Central (BC), que mantém a taxa Selic em 15% ao ano – o maior patamar desde 2006 –, é o principal fator por trás da perda de ritmo. O juro alto visa conter a inflação, que em outubro acumulava 4,68% em 12 meses. “A arrecadação tributária é um dos termômetros da atividade econômica,” concluiu Malaquias.

Destaques da arrecadação
Entre os tributos que impulsionaram o resultado, destacam-se:

IOF (Imposto sobre Operações Financeiras): A arrecadação somou R$ 8,1 milhões em outubro, um crescimento real de 38,8% frente a 2024. Atribui-se o desempenho a operações de câmbio de moeda estrangeira e crédito para empresas, decorrentes de recentes mudanças na legislação.
IRRF-Capital (Imposto de Renda Retido na Fonte sobre Aplicações Financeiras): Com quase R$ 11,6 milhões arrecadados, registrou um acréscimo real de 28,01%. O resultado explica-se pelo lucro obtido por investidores em renda fixa e Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Os valores totais da arrecadação englobam tributos como Imposto de Renda (Pessoa Física e Jurídica), receita previdenciária, IPI, PIS/Cofins, royalties e depósitos judiciais.

Arrecadação de “Bets” explode com regulamentação
O maior salto de arrecadação veio do setor de jogos de azar e apostas (bets). Em outubro de 2025, a receita proveniente dessas atividades subiu quase 10.000% em relação a outubro de 2024.

O valor saltou de R$ 11 milhões para R$ 1 bilhão no mês, e de R$ 49 milhões para R$ 8 bilhões no acumulado do ano.

A alta é resultado direto da regulamentação das casas de apostas virtuais, que passou a vigorar apenas em 2025 e elevou significativamente a carga tributária sobre essas plataformas.

Fonte: Jornal Contábil

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